Inadimplência tem a menor expansão para outubro em 5 anos

Em outubro, cresceu em 0,21% o número de consumidores inscritos nos cadastros de inadimplentes no país na comparação com o mesmo mês de 2015. Este foi o menor avanço para os meses de outubro registrado nos últimos cinco anos em levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Desde 2011, quando teve início da atual série histórica revisada do levantamento, os crescimentos haviam sido de 7,92% (2011), 4,53% (2012), 3,85% (2013), 3,95% (2014) e 4,87% (2015).

Na comparação com setembro deste ano, o número de inadimplentes caiu 0,60%. Segundo o levantamento, há atualmente cerca de 58,7 milhões de brasileiros com contas atrasadas. No acumulado dos últimos 12 meses, cerca de 1,1 milhão de consumidores deixaram de pagar alguma conta e tiveram o nome inscrito em listas de restrição ao crédito.

Segundo o SPC Brasil, a acomodação da inadimplência no país pode ser explicada pelo cenário de crise econômica. O desemprego, a inflação e os juros altos dificulta a capacidade de pagamento das contas, mas, por outro lado, critérios mais seletivos para concessão de crédito e a elevação das taxas de jutos impõe limites à capacidade de endividamento dos brasileiros.

Volume  de dívidas caiu 3,42% em um ano

Ainda conforme o levantamento do SPC Brasil em conjunto com a CNDL, na comparação entre outubro deste ano com o mesmo mês do ano passado o volume de dívidas em nome de pessoas físicas caiu 3,42%. Na comparação mensal, entre setembro e outubro, a queda foi de 1,45%.

As contas no ramo da comunicação – telefonia, internet e TV por assinatura – foram as que tiveram a maior queda no volume de dívidas em outubro. Segundo os economistas do SPC, isso demonstra um comportamento mais cauteloso do consumidor na hora de contratar serviços que não são essenciais.
Também registraram queda as dívidas bancárias, que contemplam atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros. O recuo foi de 3,60%. Os atrasos no comércio também tiveram retração (-1,90%).

Serviços básicos são vilões da inadimplência.

O único setor que apresentou alta no número de inadimplentes foi o de serviços básico, como água e luz. Segundo o levantamento, o crescimento foi de 2,97% na comparação com outubro de 2015.
Na análise do SPC Brasil, este resultado pode estar relacionado com o maior empenho das concessionárias em negativar o CPF dos consumidores com o objetivo de acelerar o recebimento das contas atrasadas. A negativação estaria ocorrendo antes do corte no fornecimento dos serviços.

Fonte: G1

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