O avanço da digitalização e da conectividade global vai afetar o modo como trabalhamos hoje. Funções serão substituídas pela tecnologia, outras novas serão criadas, o trabalho será mais flexível, sem jornadas nem escritórios fixos.
Refletir sobre isso é importante, não para combater a tecnologia -o que, além de indesejável, seria impossível–, mas para prevenir problemas e formular soluções.
Veja abaixo alguns dos efeitos da tecnologia para os quais os trabalhadores podem se preparar, segundo Luli Radfharer, colunista da Folha.
13 mudanças para as quais o trabalhador pode se preparar
Deve melhorar:
Trabalhadores poderão se ver livres de tarefas pesadas, perigosas e/ou repetitivas;
Quem lida com informações poderá processar um volume imenso delas em ainda menos tempo;
A troca de trabalho humano por máquinas tem sido feita de forma gradual, ao longo de décadas, o que permite adaptação da sociedade;
Capacidades como compaixão, criatividade e reflexão profunda continuam sendo exclusivas de humanos e necessárias;
A inovação cria novas profissões e novos postos de trabalho;
Empresas criativas e inovação flexibilizam trabalho: há mais liberdade para que o trabalhador escolha quando e onde vai produzir;
Sobrará mais tempo em atividades sociais, educação, cultura, política, filosofia, esportes ou diversão.
Mas fique atento:
Robôs e algoritmos usados para substituir funções de serviços -de garçons a cirurgiões, de motoristas a consultores jurídicos- podem eliminar permanentemente postos de trabalho;
A concentração de capital nas empresas pode desvalorizar o trabalho;
A maioria dos trabalhos atuais é tediosa, repetitiva, maçante, rotineira e, portanto, passível de ser eliminada pela automatização, pelo menos em parte;
Como são mais eficientes, novos negócios podem precisar de menos funcionários;
Novas funções podem exigir alta qualificação;
Inatividade e a sensação de que o trabalho não é mais tão importante podem trazer depressão e outros transtornos mentais.
Fonte: Folha de São Paulo