Use o e-mail com cuidado para fazer os follows. E o telefone em última instância.
Um bom follow up nas propostas emitidas irá melhorar sensivelmente sua conversão.
E o e-mail é uma das formas mais comuns para isso.
Mas cuidado!
O e-mail é uma dos canais de comunicação mais frios e mal interpretados que há.
Seu texto, tom, pontuação, densidade e momento, todos terão uma sonoridade única para quer estiver lendo. E aí que mora o perigo.
E esse potencial risco aumenta exponencialmente quando usamos o e-mail para cobrar uma posição de alguém.
E piora ainda mais quando essa cobrança é para saber a resposta para uma proposta emitida.
Use o e-mail com cuidado
Um dos formatos de baixa fricção é:
Olá Pedro,
Estou atualizando o status de nossa conversa e fiquei com dúvida se você recebeu a proposta que te enviei semana passada.
Outro:
Gostaria de seu parecer a respeito da proposta emitida para X.
Seu feedback é muito importante para mim, principalmente se a proposta ficou fora da sua expectativa.
Poderíamos agendar um call para falar a respeito?
Agora, apertando um pouco mais:
Olá Bia,
Acabei ficando sem seu retorno a respeito da proposta que você solicitou.
Ainda há interesse?
Outra.
Estou atualizando meu pipeline e verifiquei que a proposta enviada dia X ficou sem retorno. Você teria uma posição?
Quando cobrar
Ok. Sabemos como cobrar uma resposta. Agora, quando cobrar?
Em uma semana.
E se não vier resposta, ligue em 5 dias.
Se não obtiver resposta mesmo assim, derrube. Tire do seu radar. Você tem que mirar em gente que precisa de você.
Sim, há situações e histórias (e muitos filmes iconizam a persistência) que o cara insistiu tanto com determinado prospect (muito grande e importante, enfim…), que conseguiu convertê-lo em um dos melhores clientes e que se não fosse por essa persistência, não teria fechado o negócio. Sim. Toda regra ou norma tem exceções.
Evite ser um desses caras
Há 3 perfis muito comuns de vendedores (você não gosta dessa palavra, né?) na hora de fazer o follow up. Não seja um deles.
– O insistente: Fica ligando insistentemente, envia e- mails dia sim, dia não, cobrando uma posição. Usa a objetividade como pano de fundo e escreve sempre com uma frase curta: “Viu a proposta? Tem parecer?”
– O pedinte: Fica puxando o saco do prospect, tentando passar uma imagem de cara legal, interessado em assuntos periféricos que nada mais são do que uma esfarrapada desculpa para ligar e saber a resposta: “Olá, como vai você? Estava pensando em te escrever quando vi uma matéria sobre o basquete americano. Você tem ido ao clube? Ah.. E como está sua xyz da gripe, melhorou? Bla bla bla …”
– O desinteressado: Coloca a proposta e some. Não cobra, não se reaproxima, nada. É o “tanto-faz, tanto-fez”.
Por que precisa fazer follow up?
Porque apenas 10% dos prospects são pró-ativos e dão retorno sobre propostas emitidas.
Para os outros 90%, o que acontece é um dos seguintes:
– Seu interlocutor, não tem poder de decisão (70% dos casos) e está aguardando o chefe decidir.
– Seu prospect não tem recursos para contratar os serviços orçados e some com vergonha de te dizer isso.
– Seu prospect não confia o suficiente em você e parte para outra ou não faz nada.
– De tudo um pouco.
Todo dia, você deve fazer os follows. Sistematicamente.
Funciona assim:
– Você emite a proposta hoje.
– Coloca na sua agenda para fazer o primeiro follow daqui a 7 dias.
– Nessa data você faz o primeiro follow e agenda o segundo para mais 7 dias.
Chegada a data do segundo follow (provavelmente um call), se você não obtiver resposta, derrube a proposta do pipeline e joga o prospect para uma régua de relacionamento.
Assim, você estará coberto(a) sempre com tudo sob controle.
E use a regra “dos 20%” para deixar seu pipeline saudável. Veja se no fechamento do mês você obteve algo próxino de:
20% em qualificação
20% montando proposta
20% em follow up
20% derrubadas
20% das propostas ganhas
Bons negócios! E faça o follow up, sem medo.
Em todo caso você só saberá, se colocar em prática um bom sistema de follow up.
Fonte: The Client Door