Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Além de termos grande parte da população sofrendo com a ansiedade, os números aumentaram com a pandemia.
Dados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostram que 80% da população se sentiu mais ansiosa com a chegada do novo coronavírus.
Com o inicio de um novo ano, é comum que as pessoas estabeleçam metas a cumprir pelos próximos 12 meses. Afinal: tudo novo de novo! E o que é comum estar na lista de desejos para o próximo ano? Sentir-se menos ansioso!
Por isso, conversamos com Camila Silva Santana, psicóloga da Psicologia Viva (Conexa), para descobrir como é possível controlar ansiedade daqui pra frente. Veja as dicas da profissional.
Afinal, o que é ansiedade?
A ansiedade é um estado de alerta natural do ser humano em situações de perigo ou nervosismo. Sabe quando você se sente “diferente” em meio a um desafio? Isso é ansiedade.
“A ansiedade é um estado de antecipação de uma situação futura. É um estado de alerta com constantes preocupações, que podem provocar sintomas como inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e alterações no sono e no apetite, o que provoca um grande e intenso sofrimento nas pessoas”, explica as profissional.
Veja alguns sintomas comuns diante de uma situação de ansiedade:
- Respiração ofegante
- Sudorese
- Palpitação
- Náusea e dor de cabeça
- Irritabilidade
- Enxaqueca
- Insônia
- Medo constante
- Tensão muscular
- Dores no peito, entre outros sintomas.
A ansiedade pode se manifestar de maneira normal ou patológica. Veja só!
Ansiedade normal x Ansiedade patológica: como diferenciar?
Sentir os sintomas acima é absolutamente normal, porém, quando é de fato um problema e o acompanhamento psicológico é necessário?
“Quando falamos de transtornos de ansiedade e seus sintomas, precisamos considerar que existe um limite de até onde é normal e a partir de onde passa a ser um transtorno de ansiedade. Partindo do pressuposto de que a ansiedade é uma resposta emocional do medo, que é uma emoção natural e necessária para a nossa proteção e sobrevivência, é esperado que exista um nível de ansiedade que seja tolerável e bem administrado pelas pessoas”, orienta a profissional.
Dessa forma, é necessário ter atenção quando a ansiedade passa a atrapalhar a vida do paciente e ele começa a evitar certas situações.
“Mas quando esse estado de ansiedade acompanhado de outros sintomas, se torna frequente, intenso e acompanhado de prejuízos emocionais e cognitivos, então estamos falando de um transtorno de ansiedade”, explica a psicóloga.
5 dicas para se tornar menos ansioso em 2023
1- Não acredite em tudo que você pensa
Pessoas ansiosas tendem a ter pensamentos com estrutura negativa, onde grande parte deles não condizem com o nível da situação real.
2- Analise e questione seus pensamentos
Investigue o seu próprio pensamento. Refletir sobre ele, se questionar e analisar a estrutura do seu pensamento, pode te ajudar a ver a situação de uma maneira mais flexível, ou a entender que não é bem assim como você pensa, trazendo um alívio por conseguir enxergar outras possibilidades além da que você pensava.
3- Busque ampliar o seu repertório de estratégias de enfrentamento
Fazer atividades que gerem alívio é uma importante estratégia para lidar com momentos de intensa ansiedade. Busque pensar em coisas que quando você faz, sente prazer e alívio dos sintomas ansiosos.
4- Exercite o controle emocional
A manifestação dos sintomas ansiosos pode ser controlada se você conseguir flexibilizar mais seus pensamentos e encontrar maneiras funcionais de lidar com o excesso das emoções.
5- Se conheça mais
Um dos benefícios do autoconhecimento é o controle e gestão emocional. Se conhecer te permitirá compreender como você reage frente a determinadas situações e contextos, que servem de gatilho para manifestação de intensos sintomas ansiosos, buscando assim estratégias pontuais para administrar melhor o seu comportamento diante dessas situações.
Fonte: psicologiaviva